Local Publico: Floresta

Small Heiress

Péstinhas. Como era possível um chalé ser tão bagunçado? O chalé de Hermes e dos indefinidos, era uma completa "Zona" e olha que já havia visto algumas mais arrumadas. Para todo lado que se via existia bagunça. Briga de travesseiros, haviam semideuses pulando de uma cama para a outra, detalhe, camas beliche... Praguejei os deuses e meu progenitor divino por não me reclamar logo e por me fazer morar naquele lugar. Bati a porta atrás de mim. Andei a esmo pelo acampamento e a bagunça era tanta que dava pra ouvir de longe os gritos e risadas dos moradores do chalé.
Nenhum lugar havia a paz que eu queria, então me dirigi a floresta. Poderia ser perigoso, mas quem ligava? Ali era escuro e silêncioso o que era perfeito. Minhas vestes eram uma blusa larga do Iron Mainden, calça escura e um all-star totalmente preto, sim eu gostava de cores escuras. Andei até ali, perto de uma pedra que se assemelhava a um punho.
Havia uma garota ali. Que merda, achei que ia estar sozinho. Pensei em voltar, mas algo me impediu... Quer saber... Pelo menos ela tinha bom gosto, pensei ao ver suas vestes. Andei próximo a ela e me sentei.
- Oi!
Foi meu cumprimento mais do que criativo.

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O tom de dúvida na voz da menina me incomodou, eu me incomodava com tudo mesmo, sabia que não queria ficar ali mas talvez precisasse. Bipolar? Bastante. Ninguém fazia a ideia do que a camada superficial da minha pele escondia e me surpreendo se algum dia alguém descobrisse.
Pigarreei levando a mão um pouco a frente da boca.
- Menina, vi que você gosta de Rock e vim aqui pra saber quais bandas você curte.
Delicado? Nunca. Grosso? Quase sempre. Eu não gosto de rodeio, nem faço questão de faze-los e muito menos assiti-los, no sentido literal da palavra. As pessoas só de me olhar já se afastavam, não faço questão de ficar sorrindo quando a merda do dia está ruim, simplesmente coloco uma expressão amarrada no rosto pra que nenhum idiota me deseje um bom dia, boa tarde ou boa noite. "Bom dia de que? Só se for pra você!" Minha resposta mais que educada para tais cumprimentos.
Esperei a resposta dela, olhando pra frente franzindo o cenho.
"Qual o nome dela mesmo? Ah... Depois pergunto."

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Pela primeira vez ouvir alguém falando. Pacientemente? Não. Já tava me dandp coceira, ficava me virando de um lado para o outro, discretamente claro. O assunto era de meu interesse, talvez por ser música. Ela terminou de falar e eu respondi pela primeira vez sereno. - Ótimas bandas, das que você falou a que eu mais curto é Led Zeppelin, mas perdi ela... - Me lembrei rapidamente do incidente ocorrido antes de chegar, mais um deles. - Não gosto de K-Pop. - Quase cuspi as últimas palavras, odeiava toda essa coisa de pop. Me levantei subitamente peguei uma pedra e joguei a esmo na frente. - Que raiva! - Gritei ignorando a presença da garota. Era como se algo se apoderasse do meu ser, uma dor que se extendia no fundo do meu ser.

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Algo estava queimando dentro de mim e eu não sabia o que era. Meu cérebro pulsava e minha respiração já estava ofegante. Olhei para ela e minha mão quase pegou a adaga embaiada nas costas. Ficamos ali bem pertos por alguns instantes. Por fim virei-me para o outro lado, desembainhei a adaga e descrivi vários cortes no tronco de uma árvore próxima. Poderia atrair monstros? Sim, mas que se dane. O ato parou um pouco a queimação. Pulei na pedra semelhante ao punho respirando ofegante e sentei-me.
- Eu tô bem!
Ainda ofegante fiquei encarando o vácuo, não... - É a primeira vez que isso acontece... - Peguei-me pensando alto e fechei a boca na mesma hora.

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Como assim ela não fugiu? Incrivelmente ela não tinha fugido a minha furia e melhor se apresentou. Ninguém nunca tinha feito isso e sinceramente eu fiquei impressionado. Olhei ela em sobresalto e falei. - Meu nome é Logan Patrick Lehman! - Pigarreei. - Você é bonita.
Sim, eu quase matei ela agorinha mesmo e agora estou elogiando. Acostume-se com minha loucura.

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Começei a gargalhar, ela era timida e isso me divertia ao mesmo tempo que intrigava. Nunca fui timido, nunca mesmo. Desde criança aprendi a ser livre, fazer o que eu queria na hora que queria sem nenhuma intervenção. Ela agradeceu ruborizada e retribuiu com um elogio equivalente. Dobrei as pernas e me inclinei um pouco para frente. Apertei a bochechas direita dela apertando com a mão equivalente. - Você é e... Como dizem? Fofa, você é fofa... - Ri. Sim, a dois minutos eu estava quase matando ela, agora estava sendo carinhoso.
A cada sinal da timidez dela eu ficava mais curioso. Não, eu não estava brincando com ela, só tinha esses probleminhas psicológicos. - Sério? - Perguntei de olhos esbugalhados. Mesmo pra minha mente insana, era dificil acreditar. Uma garota com um gosto musical tão bom, um rostinho angelical e um corpo cheio de curvas e NINGUÉM ELOGIOU? - Tá bom onde estão as câmeras? - Gargalhei. - Se você me dizer que não têm namorado eu com certeza vou cair da cama. - Continuei gargalhando.
Uma das minhas qualidades ou defeitos, depende do ponto de vista, era ser sincero, não conseguia ficar disfarçando o que queria falar e falava logo.

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Era difícil acreditar no que eu estava ouvindo, mas sim eu estava começando a acreditar. Olhei para os lados desconfiado. Me indireitei sorrindo e esperei ela terminar de falar. Era tipo se eu estivesse tomando um soco de realidade, quando ela falou que não se socializava. Lembrei da minha infância deprimente e de súbito o mundo ficou cinza. - Isso é triste. - Permaneci por alguns segundos e de repente voltei ao meu estado normal rindo deliberadamente. - É muito bom, você não sabe o que está perdendo, olha só... - Roubei um selinho dela. - Sentiu?
Uma queimação começou a tomar conta do meu peito. "De novo não!" Apertei a mão na calça tentando desfarçar minhas feições.

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Ela me beijou? Foi isso? Sinceramente, foi excelente o beijo, não esperava que ela fizesse, mas se tinha feito eu gostei. Sorri e silenciei ela com o dedo na boca. Chiei com a boca e voltei a falar.
- Olha eu gostei e creio que você gostou, não quer outro? - Pisquei. - Pra quem nunca beijou você têm talento.
A dor no meu peito estava aumentando parecia que havia uma faca girando e girando dentro do meu peito. Puxei ela pra mais perto, com os braços precionando suas costas para frente.
- Ei eu não brinquei, você quer não quer? - Disse com o rosto tão perto que nossos narizes se tocavam.
A dor ela excruciante, mas valia a pena, apertei minha mão novamente, quase sangrando com a pressão de meus dedos.

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Nem estava raciocinando direito pegava os cabelos dela atrás da nuca puxando a cabeça pra um beijo quente. Ela parecia que sempre fizerá aquilo antes ou talvez ela tivesse uma vontade maior... Não sei, mas das bocas que beijei, nenhuça havia me selado de forma tão avassaladora. Como uma panela de pressão que vai perdendo as poucos o ar preso, a dor começou a decair, suavizando minhas faces antes que ela pudesse vê-las. Envolvendo toda a boca dela com minha língua continuei o beijo, que não parecia ter tempo final, porém nossa humanidade nos traíu... Tivemos que parar para respirar.
- Pelos Deuses! - Disse ofegante enquanto ela tocava minha face. Olhei-a de cima abaixo, encarei seu rosto e me belisquei. - Ótimo, não é uma pegadinha, nem um sonho, eu morri e fui para os Elísios. - Ri.
Segurei seu rosto com as duas mãos e lhe dei um selinho pressionando forte seus lábios contra os meus.
- Vou gostar de te beijar assim.
Não. Isso não saiu de mim saiu? Acho que saiu. O que eu tô fazendo? Num sei.
Mordi os lábios dela e depois o pescoço. Assoviei. - Tu é uma divindade disfarçada? - Gargalhei.

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Tá, eu não fazia a ideia do que estava acontecendo, mas tipo... Sei lá era bom e eu queria continuar, até meu coração parou de doer. Encarei breviamente encarando ela, os olhos extremamente azuis dela, me detiam fixos nela.
- Vivos até de mais diga se de passagem. - Completei rindo a fala dela. Recebi o beijo dela ansioso, era viciante, pior do que cocaína, só que sem os malefícios. - Tá, eu acho que vou ficar chato de tanto te beijar.
Respondi ao beijo dela e ela ao meu, estava tudo muito bem.
Ri piscando o olho. - Claro que não sou. - Enlacei o pescoço dela lhe lançando outro beijo quente, forte. - Como assim? Você aparece na minha vida desse jeito? - Isso era o mais próximo de uma declaração que chegaria.

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Toquei a face dela do mesmo modo, ainda experimentava sensações que nem antes tentava, pensei que poderia acordar a qualquer hora talvez cair da cama, contudo aquele momento permaneceu para minha incredulidade.
A resposta dela lhe dei um largo sorriso e fiz uma expressão de satisfação. - Você tá lascada! - Gargalhei brincando. Dava para perceber de longe como eu era louco, imagina me aguentar?
- Eu sei, eu sei, foi retórico. Não importa, eu costumo aproveitar o momento. - Pisquei para ela. Franzi o cenho para ela ao perceber uma minúscula alteração em sua faceta, abracei instintivamente ela, não ia perguntar o que aconteceu, nem falar que posso ter notado algo.
Roubei selinhos dela abraçando forte.

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Se aproxima dela olhando devagar, acaricia seu rosto de leve, contiua a observa-la em silencio, até que finalmente fala. - Olha pra mim, eu tenho cara de quem se cansa? Eu valorizo a sorte e agora posso dizer que estou vivendo meus melhores momentos. - Sorri, piscando pra ela e mordendo os lábios. Não sabia fazer declarações, mas pela primeira vez tentou se esforçar. Colou os lábios mordendo com força, invadindo com a língua e depois iniciando um novo beijo. Sussura no ouvido dela. - Pode sentir agora? - Morde o lóbulo da orelha dela, acariciando a nuca e voltando a beijar.