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Missão One-Post: Desaparecidos {Cecilia Myeong}

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Mensagem por Cecilia Myeong Dom Jun 22, 2014 4:53 pm



Small Heiress

Desde que aqueles sumiços começaram, eu tenho esperado o pior. Eu não temia por mim, temia por Logan. A mais de uma semana, até o lugar mais seguro para nós, semideuses, e estávamos sendo sequestrados - e possivelmente mortos também. Quanto mais eu pensava no assunto, pior ele me parecia. Quíron e Senhor D. pareciam estar ocupados tentando resolver o problema, mas nem mesmo eles pareciam conseguir descobrir alguma coisa e chegar a uma conclusão. Por fim, a ordem fora espedida: fiquem em seus chalés e não saiam por nada. Todos os segundos daquela reclusão eram complicados para mim. Não sair significava a nossa possível proteção, apesar de não sabermos quem é que estava por trás daquilo e ficarmos potencialmente com ele no chale, mas também significava que não saberíamos se nossos amigos e companheiros estavam em segurança.
A chuva constante lá fora não nos ajudava em nada: sabíamos porque estava daquele jeito e, até que a chuva parasse, sabíamos que nada estaria resolvido. Então o que deveríamos fazer? Esperar? Eu mesma sairia e procuraria uma solução, mas duvidava ser capaz de realizar isso sozinha... Se eu tivesse pelo menos mais uma pessoa comigo... Olhei para meu irmão, Alvin. Não, ele não servia. Com esse pensamento em mente, me deitei na cama do quarto, desistindo do assunto por enquanto. Era melhor eu dormir um pouco. Conforme eu afundava no reino de Hipnos, minha mente se acalmava a respeito de problemas. Mal sabia eu que, em meio a este reino de descanso, meu maior desejo e pior pesadelo seriam atendidos. Eu havia sido ordenada por Zeus para a floresta resolver o problema. Acho que isso me isentava de obedecer Quíron e o Senhor D. com o "não saiam do chalé". Uma ordem do deus dos deuses era maior, não? Seja como fosse, eu só queria um pretexto para fazer aquilo e agora eu tinha um. Obrigada, Zeus.
Despertei pouco após a visita e me sentei na cama, esfregando os olhos. Não estava de fato cansada ou com sono, afinal tinha passado o dia todo dormindo por falta do que fazer. Sem dizer uma palavra, escolhi uma calça jeans, peguei botas e um casaco  impermeáveis e uma blusa de mangas e fui para o banheiro. Tomei uma ducha rápida e me vesti. Não lavei os cabelos, porque ia demorar pra secar para não sair na chuva com eles e eu não possuía tempo. Peguei meus três itens de valor e avaliei. Levaria apenas as armas. O Forger poderia ser muito útil dependendo do que eu encontrasse, o Vulcano eu faria questão de utilizar quando eu encontrasse o sequestrador: iria fazer questão de cortar a cabeça e as mãos dele fora. A cabeça possivelmente mostraria para Zeus como prova de que o semideus não representaria mais problemas aos deuses. As mãos... Iria querer uma como recordação e a outra eu simplesmente não sabia o que faria com ela, mas fazia questão de pegar. Seria generosa, cedendo dois dracmas para a passagem com o Carronte, mas certamente não iria colaborar com a mortalha dele. Peguei dois dracmas do meu dinheiro e olhei para meu irmão, ainda acordado.
Hm, Alvin? Estou saindo. ─ Eu coloquei o colar no pescoço, o bastão no bolso da calça e sai do chalé sem esperar a resposta dele, que possivelmente seria algo como "não podemos sair do chalé". Não podemos o caramba, eu posso.

Lá fora, a situação parecia mais caótica do que no interior dos chalés. O frio gerado pelas chuvas constantes estava tornando tudo pior do que o imaginado. A umidade grudava em meus cabelos por baixo do capuz. Os clarões dos trovões me assustavam algumas vezes. Respirei fundo e tentei me manter calma. Por fim, comecei a correr para a floresta, com dificuldade devido ao esforço para não cair. Quem diria que uma pessoa teria urgência e vontade de chegar logo aquele universo extraterrestre, onde tudo era verde demais. Quando cheguei logo a floresta, não me senti aliviada: tive uma onda de adrenalina sendo liberada por todo meu corpo e me agitando muito mais do que eu estava a alguns minutos. Tentei me controlar por algum tempo, mas não vendo chances para tal ato, comecei a seguir floresta a dentro em busca de pistas.

Primeira constatação - e talvez a única daquela aventura: sou horrível rastreadora, apesar de compreender alguns princípios básicos. A chuva constante, apesar de não penetrar tanto na floresta, também não ajudava: isso limpava as pegadas e acabava por tirando folhas e galhos quebrados de onde estavam e atrapalhavam tudo. Estava tendo que trabalhar com ajuda da sorte. Toda hora eu verificava a tatuagem. Se eu visse algo que não computasse como ameaça ou pista, mas pelo menos visse, ela iria brilhar. Sempre era assim. Conforme eu andava e procurava, tentava me manter alerta com sons e coisas fora dos padrões. Minha audição possivelmente me alertaria primeiro do que minha visão e não queria esperar o alerta do tato - que representaria um golpe recebido.

Todos aqui conhecem o TDAH dos semideuses, certo? Então, quero deixar expresso e registrado uma coisa a respeito: muito obrigada por salvar a minha vida. Se não fosse minha incapacidade de me dedicar totalmente a uma atividade e a burrice do monstro de chegar fazendo barulho, eu possivelmente teria sido atacada por trás e nem ao menos saberia pelo que.
Se jogar para o lado e rolar no chão lamacento nunca é uma boa ideia, anotem isso, mas entre tomar uma maçada de um Lestrigão e rolar na lama, bem não preciso dizer qual é o melhor. Enquanto me levantava cambaleando, ativei o pingente de Forger e este assumiu a forma de um martelo de bronze. Sendo realmente grande, era difícil compreender como alguém com uma constituição quase franzina como a minha conseguia segura-lo. Girei habilmente o martelo na mão e corri em direção ao monstro. Confiando em meus instintos, quase tomei uma pancada dele. Só de acertar com 25% da força em meu braço esquerdo, eu soltei um gemido de dor. Esperava não ter quebrado nada. Mas em reação ao ferimento, o martelo desceu contra a criatura em um golpe poderoso - para um humano. Pareceu não surtir o efeito esperado e eu recuei. Talvez fosse melhor ir para a tática de armas cortantes.
Permiti que o encanto do metal disfarçado transformasse a arma em um colar de novo e, conforme recuava desajeitada, procurei Vulcano no bolso e o tirei. Apertei o botão ativando o machado ao mesmo tempo que tropecei em uma raiz de arvore e cai no chão. Esperei parada por algum tempo onde havia caído para forçar a falha de golpe de meu inimigo. Por mais forte que fosse, era incrivelmente pouco inteligente e lerdo, sendo esta última consequência do tamanho e constituição pesada. Quando a maça descia, eu rolei pela lama para esquivar. Não preciso comentar que voou lama para todos os lados, incluindo na criatura. Me levantei tão desajeitada quanto antes e agora cheia de lama e água nas vestes. Maldita sejam estas chuvas. Me aproximei dele, segurando agora o machado com as duas mãos, e golpeei a perna deste com um movimento giratório do meu corpo rezando para que isso não me desestabilizasse. O golpe produziu um arco na perna do monstro. Ele urrou de dor e raiva. Entre escorregões e golpes desastrados, a luta perdurou por um tempo incrivelmente longo. A chuva continuava produzindo seus barulhos e encharcando tudo. Eu considerei que pudesse morrer ali, a qualquer instante, por um monstro. Por que diabos eu não havia treinando?! Tudo seria tão mais fácil se eu possuísse alguma prática efetiva com monstros ou meramente com a arma.
Com o martelo em uma mão e o machado na outra, eu bati o martelo no chão e o deixei ali após ter invocado a habilidade Ira de Thor, enquanto investia contra o monstro, dando o último golpe nele.

A despeito de toda a dificuldade, porém, eu havia conseguido derrotar o monstro. Cai do joelhos no chão, com a respiração pesada. Suja, machucada e cansada. Ótima combinação para uma perseguição. Conforme eu respirava fadigada, reparei que era melhor eu sair dali logo. Mesmo que os sons de combate tenham sido abafados pela chuva, ainda haviam sido altos. Apertei novamente o botão para virar o bastão e coloquei no bolso, me preparando para sair dali. Antes de seguir procurando o traidorzinho, decidi passar no rio para tirar o excesso de lama.

No rio, lavei minha face e tirei o excesso de lama das vestimentas e bota. Percebi que meu cabelo pesava e tentei lava-los da melhor forma possível sem colocar a cabeça dentro da água. Não deu muito certo, mas pelo menos agora estavam pesando menos. Depois de aliviar da sujeira e do peso extra da lama, ouvi vozes a uma distancia. Duas pessoas discutiam. Tentando ser discreta, me aproximei usando as arvores para me ocultar. Abaixei-me atrás de um arbusto para olhar e me deparei com o que eu procurava. Um rapaz alto e de porte musculoso estava de costas para mim, discutindo com uma garota. Um deles era, certamente, filho de Deimos. O outro parecia filho de Éris. Mas não sabia quem era quem. Seja como for, ambos estavam no meio de uma luta entre si enquanto discutiam.
VOCÊ DISSE QUE IRIA PARAR, RODOLPH! VOCÊ DISSE! ELE ERA MEU IRMÃO, SANGUE DO MEU SANGUE!
EU NÃO PODIA PARAR, NÃO PODIA.
Era o sequestrador? De verdade? Minha mão procurou a arma mais uma vez e ativei o machado pronta para entrar na luta. Avaliando a situação, parecia que a garota estava começando a ficar em desvantagem. Com cuidado para não fazer barulho, me levantei e circulei o arbusto. Ninguém havia notado ainda. Alguns passos. O chapinar na lama alertou os dois e o rapaz se virou para mim. Irritado com o surgimento de alguém, ele investiu em minha direção. A jovem pareceu assustada com o surgimento, mas percebendo que não era aliada dele decidiu que pelo menos deveria ser aliada dela. Usei o cabo do machado para bloquear o golpe de espada e chutei o rapaz na barriga. Ambos desestabilizados pelos golpes e pela lama, caímos para trás. O destino dele fora um pouco mais trágico, porém. O rapaz cairá direto para a lamina da jovem. Um momento de silencio de fez e eu me ergui, pegando o machado e cortando a cabeça dele fora, certificando-me que estava morto.
Obrigada, eu acho... ─ Disse, ajudando a tirar o cadáver do semideus da lamina dela. Decidi, por fim, não cortar as mãos do semideus. Mas certamente não iria leva-lo ao Acampamento. Ou ia? A semideusa cuspiu em cima dele. E, bem, agora dava para perceber que a prole de Éris era a garota.
Tudo bem. Vamos deixa-lo aqui para ser devorado ou apodrecer.
Apodrecer... Coitado de quem comer isso. Ahm, vou levar a cabeça como prova de que está morto. ─ Peguei a cabeça no chão e joguei os dois dracmas em cima do corpo. ─ Se vire com o Carronte, bastardo.

Sem dizer mais nada, nós voltamos para o Acampamento. Nos separamos assim que chegamos lá, comigo indo para o Templo e ela para os chalés. A chuva estava mais branda, mas continuava. Eu me aproximei da estatua de Zeus e ergui a cabeça dele acima da minha.
Aqui está a prova da morte do semideus, senhor. Considere a missão cumprida.


Armas:

Poderes Passivos:

Poderes Ativos:

O Monstro:




Thanks, Solaria
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